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Understanding Comics

30.06.12

Understanding Comics

Scott McCloud

Harper

Foi uma leitura divertida e inspiradora sobre o mundo da Banda Desenhada.

Nota 4/5.

Já há muitos anos que tencionava ler este livro, tinha ouvido falar bem por diversas vezes e tinha bastantes expectativas. Esperava que fosse algo focado em técnicas narrativas e o mais que pudesse aprender para criar BDs mas foi algo mais, muito mais. É uma BD que expôs um olhar profundo sobre a BD, a sua linguagem, sua história e seu futuro. O poder de expressão que é potenciado pelo formato da BD e em que difere dos das outras formas como literatura, cinema e televisão.

Tem bastante conteúdo teórico e podia quase sentir que tem uma aproximação académica sobre o assunto, mas achei sempre uma leitura divertida, as páginas eram um exemplo perfeito do que estava exposto e não ficaram dúvidas que o Scott McCloud é um autor que sabe aplicar de melhor forma a narrativa em BD.

Dirige-se não só aos autores, leitores e curiosos da BD, mas a um público vasto. Acho que é um livro que conquistará o leitor, que mostra as potencialidades que só mesma a BD é capaz de ser.

No final da leitura fiquei surpreendido com o tanto que aprendi e o que posso imaginar que ainda falta.

Estou curioso com os seguintes livros do autor, Reinventing Comics e o Making Comics, que devem ser mais específicos sobre o labor da BD.

O autor continua a impulsionar a Arte que é a BD e fundou um evento anual e mundial, 24 hour comic, que consiste em desenhar uma bd de 24 páginas em 24 horas, uma autêntica maratona, e que participei pela primeira vez no ano passado na companhia da Ana C. Nunes.

Nota: um agradecimento especial à Ana Nunes por me ter emprestado o livro.

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publicado às 18:52

Os Malaquias

24.06.12

Os Malaquias

Andréa del Fuego

Porto Editora

Foi uma leitura densa que não me envolveu completamente e não me permitiu conhecer as personagens.

Nota 2/5.

Não posso falar muito do livro, uma vez concluída a leitura e tento relembrar de alguns seus aspectos, só a custo recordo de algumas imagens, de alguns momentos. A isso penso que se deve à escrita da autora, muito sintética e superficial, não dedica tempo suficiente a cada elemento da história. Senti que apenas são apresentados instantes, uns rápidos vilumbres, acontecimentos que em vários parágrafos podiam ganhar vida aqui foram reduzidas, desvanecidas, em curtas frases. Não que isto dá-lhe um ritmo alucinante, à boa maneira de uma história de acção, dá-lhe exactamente o contrário. Para mim as imagens foram de tranquilidade, de contemplação. Algumas estavam especialmente bem conseguidas. Apercebi-me que tinha de ler devagar, com cuidado, frase a frase, não vá deixar de conseguir acompanhar a história. Falhei. Por muitas vezes aconteceu ser surpreendido com uma personagem que julgava ser nova, "quem és tu e que fazes aqui? Mas a autora já te apresentou sequer?", voltava páginas atrás e identificava o ponto em que ela foi introduzida. Sem descrições nem nada, nem uma menção do que faria ali, cabia a mim descobrir estas coisas ao longo da leitura.

É um estilo completamente novo de narração, na minha opinião. Creio não ser algo que abraça o leitor, antes o leitor tem de correr atrás.

Quando retomo a leitura do livro (faço pausas frequentes e um assim espaçadas) gosto de ler um bocadinho do ponto em que deixei a leitura, para refrescar-me um pouco a minha memória. Não é que não recordava nada daquilo? Achava mesmo que não li aquilo, que pus o marcador na página errada, só podia!

* spoiler *

Então, houve uma altura em que a Júlia ficou com um bébé nos braços. Mais tarde quando a vi sem um bébé que a acompanhasse e me estava a esquecer deste particular acontecimento, fui atrás ver quando é que "desapareceu". Uma única frase, de menos de dezena de palavras. Não mais se falou do bébé. A sério? Não causou qualquer impacto à Júlia? Assim é tão fácil desligar-se de uma história.

* spoiler *

Uma coisa curiosa que reparei é que este estilo é tal que cortou até nas indicações das falas das personagens, quase não tem as expressões "Nico disse" ou "Júlia disse". No entanto foi fácil e intuitivo atribuir correctamente as falas às personagens.

O livro foi uma eterna novidade mas não fiquei deslumbrado como o Pessoa com o Mundo. Mas foi pena o estilo sintético da autora, como já referi há algumas imagens belamente evocativas e tinha alguns elementos fantasiosos que muito aprecio, como nos capítulos 2 e 63 entre outros, que me faziam seguir teimosamente a história.

Talvez eu ainda não tenha uma sensibilidade madura, talvez a autora foi demasiada arrojada. Definitivamente não foi livro para mim.

A capa está somente espectacular!

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publicado às 19:17


Feira do Livro de Braga

Braga, 3 de Julho a 19 Julho


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