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Nanozine n.º 6 - edição especial steampunk
Colaboradores: Adeselna Davies, Alexandra Rolo, Álvaro de Sousa Holstein, Anton Stark, Bernardo Dias, Carina de Portugal, Marcelina Leandro, Michael Haulica, Pedro Cipriano, Rui Alex, Rui Serra, Shelley Adina e Vítor Frazão
Editoras: Adeselna Davies, Alexandra Rolo, Leonor Ferrão
Uma revista graficamente atractiva com conteúdos fantásticos.
Nota 5/5.
Esta revista está disponível aqui
A revista tem um grafismo apelativo. Com uma capa espectacular e vários designs elaborados que invocam o espírito do "steampunk" mas com uma abordagem moderna, Adeselna Davies montou um conjunto bem conseguido e uniforme, com cada design a casar muito bem com o conto ou artigo.
O Preço: parte II, de Vitor Frazão. Para ler a primeira parte ver aqui.
Sendo uma segunda parte já contava que não teria um tema "steampunk". Gostei de ler o conto, tem personagens curiosas. Achei que a segunda parte seguiu um rumo diferente em relação à primeira, talvez eu tinha ficado com expectativas sobre o monstro introduzido. Apesar disso gostei da ideia usada, houve um maior protagonismo de duas personagens e uma carga psicológica foi explorada. Uma impressão pessoal que ficou é que há um excesso de vírgulas e que a expressão "Contudo" seguida de uma vírgula foi um abuso.
Uma Corda Quebrada, de Anton Stark.
Adorei ler este conto, foi a melhor leitura da revista. As imagens sugeridas foram muito vividas, senti percorrer as ruas e navegar em barcos. Um desenrolar da história muito interessante que me prendeu. Só achei pena que não tivesse algo de "steampunk" ou "clockworkpunk", pelo que percebi.
A Alergia, de Pedro Cipriano.
Um engenhoso conto da vida de um homem desesperado, gostei muito da personagem. O mundo está bem descrito mas senti que ficou sobrecarregado, são várias referências temporais e tecnológias mencionadas.
Do carvão para a metralha, de Marcelina Leandro.
Foi uma excelente leitura. As personagens estão muito credíveis e humanas. Penso ser um conto que combinou muito bem factos históricos de Portugal nos finais do séc. XIX com tecnologia "steampunk". Tecnologia que a autora sugere que daria um rumo diferente ao destino de Portugal.
De início confesso que o final não foi-me claro, então lembrei-me de fazer uma pesquisa pela personagem referida e encontrei a sua biografia, explicaria muita coisa, e passo a concluir que é um conto com muita maturação e pesquisa.
Um Assobio ao Longe, de Álvaro de Sousa Holstein
Um poema que é nada menos que um hino à tecnologia "steampunk".
Semeador de Chumbo, de Rui Serra
Uma história fantástica e imagética condensada em poema.
Hangar do Coração, de Carina Portugal
Poema maravilhoso, tem mesmo algo de especial. É o que mais gostei.
Entrevista a Anton Stark
Uma interessante leitura daquela que deve ser, se não me engano, a primeira entrevista a um promissor futuro autor de "steampunk", aconselhável!
Entrevista a Clockwork Portugal
Uma valiosa oportunidade de (voltar a) conhecer a equipa mentora da 1ª convenção "steampunk" em Porto, integrada no evento europeu EuroSteam Con. Os preparativos, as divulgações, os diários, as opiniões, a equipa conta tudo.
Um Adeus Longínquo, de Rui Alex
Reservo a minha opinião :P
Cupcake Bunny, de Bernardo Dias
Uma ilustração com cores bastante garridas, à revelia do estabelecido no "steampunk", que abrange tons terrosos e metálicos. Sujos.
Deverá contar uma história e reconheço os elementos "steampunk", óculos, rodas dentadas e cartola, e os elementos "electropunk", a bata e as luvas de borracha, mas e o Cupcake?? No mínimo uma ilustração intrigante.
Roménia Punk, de Michael Haulica (tradução de Adeselna Davies)
Uma informativa retrospectiva do "cyberpunk" e depois do "steampunk" na literatura romena. Tudo começou com uns contos ;)
Abney Park
Um interessante artigo da Alexandra Rolo sobre um dos fenómenos do "steampunk". Uma banda de música que prova que "steampunk" é mais que um género literário.
O presente e o futuro do "punk"
Uma análise de Adeselna Davies sobre as potencialidades do "punk" em Portugal. Revejo-me em algumas considerações e acredito que haverá um nicho português para o "punk".
Porque é que escrevo Steampunk?, de Shelley Adina (tradução de Adeselna Davies)
Uma auto-avaliação, digamos, de autora de "steampunk". Até que achei curto.
Por fim as análises de Adeselna Davies, Alexandra Rolo e convidadas, sobre algumas sonantes obras do género. Não dá para perder-se entre tanta oferta :)
Curti os dois posters.
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5 - Obra-prima.