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Marcadores e Ilustração

06.05.14

Recebi em casa os marcadores do passatempo promovido pela escritora Ana C. Nunes, com as personagens ilustradas do seu primeiro romance. Têm muito bom aspecto!


Este no canto direito está muito giro, a aproveitar o design em S da capa do livro

Com imensa simpatia, autografou os marcadores. Vou guardá-los com estima


Ficou mal fotogrado, tenho imenso pena em não poder partilhar como gostava

Recebi também um postal que ilustra a capa do livro

desculpem a falta de qualidade da foto

Mas o que gostei mais de receber, e está tão, tão linda, é a ilustração original da doce Amilda a ler a cópia do 'Scriptura ab Magia'
A autora é também ilustradora, e desenhou esta ilustração especialmente para mim 3

Há algum tempo que gostava de mostrar coisas do género no meu blog, penso que é giro mostrar coisas relacionadas com os livros e autores, em forma de marcadores e outros mimos. Depois de ver outros blogs literários, tão activos neste aspecto, estava em falta algo assim no meu :)
Se gostarem de partilhar os vossos marcadores, aqueles especiais ou predilectos, eu gostava de ver, deixe um link nos comentários, obrigado

Se estiver interessado/a em ganhar também um marcador da autora, pode visitar o blog dela, vale a pena consultar pois a autora renova os passatempos ao longo do tempo.

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publicado às 22:45

Angel Gabriel - Pacto de Sangue

06.02.14

Pacto de Sangue

Ana C. Nunes

Uma história emocionante com personalidades diferentes do que costumo ler

Nota 4/5.

Esta opinião é capaz de ter spoilers, eu sei lá :)

 

A história é sobre uma guerra entre humanos e vampiros, é sobre duas personagens de facções contrárias da guerra, num mundo pós-apocalíptico. O ambiente está bem conseguido, com a civilização reduzida a um pequeno número de cidadelas e a tecnologia limitada a alguns meios de locomoção que continuam a funcionar. Como a maior parte da história passa-se numa carrinha a atravessar a Europa, senti a isolação e a solidão dos passageiros perante o mundo, e os interlúdios (principalmente os primeiros) que pontuam o livro contrastam desse recolhimento com a animação de um tempo antigo.

Angel, uma dos protagonistas, é uma rapariga feiticeira. São a principal esperança da humanidade contra os vampiros. De início ela não se demarcava dos restantes feiticeiros, as pessoas contavam com outros feiticeiros, entre eles a própria mãe, mas desde logo se vê que o poder da Angel é mais do que aparenta ter. Achei que ela era muito segura de si, algo arrogante e com a ideia de que é capaz de tudo perfeitamente sozinha. Apesar disso, ela revela um ter um bom coração com as pessoas que a estimam, como a sua mãe e a sua meia-irmã. Apenas é uma pessoa difícil de se lidar com pessoas que mal conhece, senti assim, e nos primeiros capítulos ela revelou ter uma mentalidade... bem, estranha, com a relação que tinha com alguém do refúgio onde vivia, principalmente tendo em conta a fama desse seu amigo, e, para ser sincero, não simpatizei logo com ela.

Gabriel é um Sekhmet, uma raça especial de vampiro, que lhe confere poder e ranking entre os seus. Despreza humanos mas, apesar da sua condição, não acha agradável o tempo passado entre os vampiros. Também é seguro de si, no entanto é reservado e prefere esperar pelos melhores momentos para organizar ideias. Mas teve oportunidades de sobra para expressar a opinião nos constantes conflitos com a Angel. Achei muito engraçada essa parte, uma relação em que ambas as partes dispensavam bem a companhia um do outro e, aos poucos, foi avançando para algo mais e no fim se tornou decisiva a reunião entre os dois no desfecho da guerra. Pessoalmente gostei mais de ler os capítulos na perspectiva do Gabriel pois reflectia muito sobre a guerra e sobre as dúvidas e acções que tomava que poderiam ir contra a sua natureza; muito deste mundo foi-me transmitido através dele.

Os dois ficaram unidos por um feitiço e foram recorrer à única feiticeira capaz de os libertar. Pelo caminho há uma galeria de personagens que os acompanharam, os que apoiaram e os que se atravessaram no caminho. Amilda é a meia-irmã da Angel, e mostra um lado generoso que gostava de ter visto mais cedo na Angel. Com ela, a história permitiu-se desanuviar um pouco o ambiente, o que lhe fica bem. É uma rapariga fofa mas também destemida. Acompanhou a Angel desde o início e foi fundamental no apoio à resolução dos protagonistas. Davet também os acompanhou durante a maior parte da viagem e é um vampiro. Fiquei a crer que não é tão poderoso como o Gabriel, não é de nenhuma raça em especial, mas é um tipo calado e sabemos como muitas vezes o tipo calado pode ser muito assustador. Pelo caminho defrontaram vampiros. Omniua foi a vampira que mais presença teve na história, é uma Primordial, uma dos Treze. Apesar de haver uma extensa galeria de personagens, raças e feitiços, não senti necessidade de um glossário. Na verdade esteve tudo muito natural e eficaz, não achei confuso ou complicado. A exploração das personagens secundárias esteve equilibrada, com as cenas tão necessárias quanto a relevância de cada uma.

A escrita da autora é directa e muito descritiva, simples mas sem ser simplista, penso que é vocacionado a todos jovens e adultos. Tem bastante corpo, satisfaz a vontade em acompanhar a história e é fácil de imaginar as cenas como se corressem perante os meus olhos. A facilidade é tanto conseguida nas descrições de estados introspectivos como nas cenas de acção e de muita luta, apesar de aqui e ali haver umas expressões que destoam um pouco. As lutas estão dinâmicas e gostei especialmente do confronto final que, com o grupo de personagens todo presente, ficou bem conseguido, empolgante e apelativo. Algumas cenas foram sangrentas. Mas sangrentas. Os capítulos que mais gostei são aqueles em que as personagens partilharam pequenos pedaços de si nos momentos em que andavam escondidos. A autora teve habilidade em expressar sentimentos nos mais pequenos gestos, nos sussurros e nos silêncios. Recordo especialmente de uma cena passada num quarto escuro, a fim de eles retemperar forças após passarem por confrontos físicos. Gabriel fez algo pela Angel que era o que ela menos esperava. A conversa que se seguiu no escuro ficou delicada e sensível, tenho quase a certeza que quando a li fiquei com a respiração em suspenso.

Se ao longo do livro tive oportunidades em ver a determinação e o poder da Angel, foi pena que não tenha sentido o mesmo com o vilão, acho que ele deveria ter tido um pouco mais de presença. Gostava de ter visto do que ele era capaz de fazer, a que extremos tomava as suas acções, e num momento mais oportuno da história.

Hoje em dia os livros são deixados com um final em aberto pelos seus autores. Mesmo que a história, a jornada, esteja terminada, há pontas soltas por atar e muitas ideias por resolver deixadas para a imaginação do leitor, se o leitor quiser e se o autor deixar o suficiente. E nem falo das que perspectivam ser o primeiro volume de uma saga... Há quantos livros não lia eu que tinham um final tão definitivo? Com um momento determinante de que sabemos não haver retrocesso nem mais avanços? Foi o caso deste livro. Adorei o final, é muito forte e achei até algo romântico. Valeu imenso a pena acompanhar as personagens até ao fim da sua jornada, percorrer com eles as estradas do mundo dividido entre vampiros e humanos, conviver nos momentos de tranquilidade e lutar com eles nas batalhas, e no fim estar junto deles até ao último instante, ao último parágrafo.

Os locais de venda do livro, que de momento só está em formato ebook, podem ser consultados na página da autora, vale a pena consultar.

Book-trailer do livro:
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publicado às 20:00

Fénix Fanzine nº 2

07.03.13

Fénix Fanzine nº2

Colaboradores: Ana C. Nunes, Ana C. Silva, André Carneiro, Carlos Alberto Espergueiro, Carlos Coelho Faria, Domingo Santos, Inês Montenegro, Joel Puga, Luís Corujo, Manuel Mendonça, Marcelina Gama Leandro, Ricardo Dias, Romeu de Melo, Rui Ramos, Sara Farinha, Vitor Frazão

Directora: Marcelina Gama Leandro

Grupo Fénix

Um fanzine excelente que muito me divertiu.

Nota 5/5.


A capa do fanzine é deslumbrante. Aquece o coração sempre que o pego para ver. Laboriosa, maravilhosa, o estilo de Art Noveau que sempre encanta, um excelente trabalho gráfico da Ana C. Silva.

O design interior, criado por Ana Ferreira, é simples e elegante, mantendo o estilo do número anterior.


Este fanzine tem seguido uma boa evolução. Para começar, há mais contos para ler, são muitos, e bons. Os contos lidos são deslumbrantes. Muitos são os que agarram o leitor, muito mistério e ambientes envolventes. Há muita diversidade, desde o terror e suspense até acção e aventura.


A escuridão, de André Carneiro - 5*

Logo na primeira página, logo no primeiro parágrafo, fiquei totalmente adicto. Com facilidade compôs a imagem e só me fazia interrogar "porquê" a cada novo fenómeno que o autor apresentava. Tão estranho e singular. Prossegui entusiasmado na leitura, expectante pela sua resolução. A escrita contribui muito para embrenhar nessa terrífica realidade. Houve momentos de terror e outros que retratavam uma consciência social; senti também que arrastou-se um bocadinho. Não pude deixar de recordar outras obras durante a leitura do conto, como o 30 dias de Noite e o Ensaio sobre a Cegueira.

O final está bastante satisfatório e foi um divertimento viver naquela escuridão.

Há também uma entrevista ao autor.


O Homem de areia, de Domingos Santos - 4*

A introdução é bastante boa, estabelece um ambiente inquietante com a menção de um "Homem de areia". Mas foi com um famoso médico que suscitou a minha curiosidade.

A partir daqui deu ares de não haver rumo. Personagens entravam e saíam de cena e não criavam ligação emocional. Até que o conto se centrou numa personagem misteriosa. Gostei do desenvolvimento e, principalmente, do espectacular desfecho.


Esferas e Tormentas, de Carlos Alberto Espergueiro - 3*

Gostei muito, é interessante mas foram os últimos parágrafos que fizeram valer a pena. Um conto com uma visão alternativa de acontecimentos passados, com foco nos bastidores do acontecimento, só que fez-me também colocar dúvidas sobre os intervenientes...


Um dia de Trabalho, de Ricardo Dias - 5*

Receio que entrei mal no conto. Mais um texto com anjos, a moda vigente. Vamos por partes, tal como o conto. A primeira parte, com o anjo, está simpática e fácil de ler; podendo talvez ser aborrecida, tinha ficado com a ideia que ia ser o conto todo assim. A segunda parte, com o diabo, está melhor, muito. Há momentos hilariantes e a imaginação do autor é prodigiosa, elaborou um plano deveras demoníaco, há tanta coisa preparada para o momento certo. Quem lê policiais não deverá ver nada de novo - mas ainda assim. Eu, por exemplo, acabei de ler o mediano livro Bons Augúrios, que é tal e qual, anjos, demónios, planos, e este texto divertiu-me mais. A terceira parte é fabulosa, para mim é um final brilhante.

Um conto com uma construção inteligente.


O estranho livro sem palavras, de Ana C. Silva - 4*

Gostei bastante, foi uma aventura. Um ritmo rápido, tive que ir a correr atrás da protagonista. Momentos houve em que pude respirar.

A história está divertida, fiquei encantado com a personagem, e é também misteriosa, fiquei mesmo curioso com o livro, objecto de cobiça.

O conto é acompanhado por uma bonita e atractiva ilustração executada pela autora e colorida pela Ana C. Nunes.



Despertar, de Rui Ramos - 4*

Uma BD a um nível que o autor já me deixou habituado. Um par de frases bem encaixado e é um mundo. Grandes desenhos mas cores estão escuras.


Apologia dos videojogos, de Luís Corujo - 3*

Um interessante artigo sobre os videojogos mas que falta-lhe uma certa profundidade. Cresci com os jogos de computador (assim aprendi o inglês, entre outras coisas) e partilho da opinião do autor mas que também não traz muito de novo. Penso que podia focar em menos aspectos e ser uma escrita menos apaixonada.



Segue-se a secção de mini-contos seleccionados, era proposto o tema "Livros". Penso ter sido uma escolha boa dos contos, sabendo ser um tema complicado (também participei, já agora, mas sem sorte). Pequenos contos, e por isso faço umas curtas opiniões.


A passagem secreta, de Sara Farinha - 5*

Um desenrolar interessante de acontecimentos até um final assombroso.


Fishmoth, o último inquilino, de Manuel Mendonça - 3*

De início não tinha entendido a história. Quando fiquei a conhecer a personagem e o que fazia já fiquei a saber o propósito do conto. Mas penso que devido à confusão inicial acabei por não sentir satisfação com este conto.


Mundos em Mundos, de Vitor Frazão - 2*

Sem narrativa e o final não traz nada de novo.


Livro do Tempo, de Carlos Coelho Faria - 2*

Prometia mas o autor não teve imaginação suficiente para o meu gosto. Pode soar um pouco a Deus Ex-Machina.


Pulsação, de Inês Montenegro - 3*

Escrita maravilhosa. Mas uma história sem chama. E não tem o Fantástico.


Uma demanda Literária, de Joel Puga - 4*

Gostei bastante, eu imaginava-me perfeitamente nesse mundo. A história é interessante e deu-lhe vida. Só faltou um bocadinho assim.


A Dança das Letras, de Ana C. Nunes. - 4*

Um conto muito bonito e terno. A narração podia ser melhor trabalhada.


O rosto vivo, de Marcelina Gama - 4 *

Muito, muito giro! Mais uma vez, o encanto de um tema caro à autora.


O livro termina com correspondência trocada entre Romeu de Melo, autor de ficção-científica, com o editor norte-americano Clifford D. Simak, onde vislumbramos o parecer elogioso do editor sobre a FC portuguesa; e finalizado com as biografias dos autores que colaboraram no fanzine.


Por fim, o livro é acompanhado de um suplemento, o "Pumba!". Trata-se de uma paródia a entidades e autores da ficção-científica e fantasia em Portugal. Alguns nomes fiquei a conhecer-los no passado evento EuroSteamCon no Porto, não tive assim impedimento de desfrutar do suplemento, principalmente porque é com a revista "Bang!" o alvo de maior atenção (daí o título, parodiado).

Muito engraçado, divertido. A minha favorita é sobre um clube de leitura xD

Os desenhos não comprometem o humor mas penso que podiam ser mais aprimorados. O desenhador Barion aparenta ter pouca experiência, o traço está um bocado básico. O desenhador João Pedro fez melhor, e há ali um misto de comics e manga, creio, mas parece demasiado apressado, e até desleixado nuns desenhos. Eu sugeria, até por ser um tom humoristico, um desenho simples e fluído.

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publicado às 23:10


Feira do Livro de Braga

Braga, 3 de Julho a 19 Julho


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rui alex


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